sexta-feira, 20 de agosto de 2010

10ª Bienal Naifs do Brasil - 2010

Estive ontem na abertura da 10ª edição da Bienal Naifs do Brasil, no Sesc Piracicaba, e, sinceramente, ela está mesmo de impressionar. Nesta edição são nada menos do que 111 obras, de 80 artistas vindos de norte a sul do país, selecionados pelos jurados Geraldo Edson de Andrade, Ricardo Amadasi e Vilma Eid, partindo da análise de 800 trabalhos, enviados por 376 artistas de 22 estados brasileiros. (Tá bom ou quer mais?!)
Originária do francês, a palavra naif significa ingênuo, e teve seu estilo artístico fundado no século XIX por Henri Rousseau, quando Pablo Picasso enalteceu suas obras e a popularizou, tornando conhecida e reconhecida até os dias de hoje. Também chamada de naive, além de ingênua a arte tem características espontâneas e instintivas, de determinado artista que não teve uma formação acadêmica para pintar.


O ordenhador de cabras, do paulistano João Generoso, uma das obras da Bienal 2010 (Foto: André Fortes)

Durante a visita, é interessante observar que, basicamente, são duas as linhas que permeiam os assuntos abordados pelos artistas "ingênuos": a saudosista, que aborda temas religiosos, folclóricos e festejos da cultura popular brasileira; e a urbana, que levanta aspectos da realidade das cidades, como problemas sociais, críticas políticas ou meio ambiente.
Este ano a Bienal Naifs do Brasil ainda conta com a Sala Especial "Arte sem Fronteiras", com curadoria de Maria Alice Milliet, destacando 56 trabalhos de artistas significativos ou revelados em edições anteriores da Bienal.
Importante destacar o seu caráter de conteúdo a voltado para arte-educação, que inclui ateliês abertos, oficinas, cursos, palestras, apresentações artísticas e visitas orientadas e monitoradas, que podem ser agendadas pelo telefone (19) 3437-9286.
A exposição fica aberta a visitação gratuita até 12 de dezembro, de terça à sexta das 13h30 às 21h30, e sábados, domingos e feriados das 9h30 às 17h30. À rua Ipiranga, 155.
Sem dúvida nenhuma que não é possível ver e apreciar todas as obras da exposição em somente uma visita. Ontem valeu sim, o coquetel estava "pró". Mas serei obrigado a visitar, no mínimo, mais uma vez. Até dezembro, dá tempo. Mas o tempo passa heim...

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